Verdade ou mito? Facetas/Lentes de contato dentais causam mau hálito? Falamos com um especialista no assunto para saber
Uma sumidade na estética orofacial, é
assim que o Dr. Bruno Santos é conhecido na região de Rio Preto. Dentista desde
2001, quando se formou, o mesmo se especializou no ILAPEO e New York
University, em implantes e reabilitação oral respectivamente e foi um dos
pioneiros na aplicação de facetas/lentes de contato dentais na cidade, há quase
uma década e meia. Tem entre seus pacientes uma dezena de famosos, inclusive da
internet, mas não revela nomes, por questões de preservação de prontuário e
ética.
Procuramos Bruno para saber quanto de
verdade existe nos textos de internet que relacionam o procedimento mais
procurado nos consultórios dos dentistas, com o mal hálito. Vira e mexe o
assunto vem à tona, não só em sites de notícias, mas em redes sociais como
Instagram e Tik Tok, onde podem inclusive ser encontrados inúmeros memes.
Abaixo a entrevista na íntegra, com
respostas detalhadas e realmente conclusivas. E um alerta prévio, um
procedimento dessa natureza realizado de maneira inadequada, pode levar a perda
do dente! Mas afinal de contas: Facetas/Lentes de contato dentais causam mal
hálito? Saiba agora.
RPI: Por que tanta gente está associando
mau hálito às facetas e lentes de contato dentais?
Bruno: Isso tem se tornado um tema
bastante discutido. A verdade é que o problema não está nas facetas ou lentes
de contato em si, mas na maneira como elas são planejadas e executadas. Se
houver falhas na adaptação das lentes, excesso de cimento ou acabamento
inadequado, criam-se pequenos espaços que facilitam o acúmulo de placa
bacteriana. Resultado: inflamação gengival e mau hálito. Além disso, se o
paciente já apresenta algum problema gengival antes do procedimento, e isso não
for tratado previamente, o quadro pode piorar após a colocação das facetas.
RPI: Uma faceta mal adaptada pode mesmo
levar à perda do dente?
Bruno: Sim. Infelizmente, vejo isso com
frequência em casos que chegam ao consultório. A má adaptação permite
infiltração bacteriana, que pode gerar cáries, inflamações crônicas e até
reabsorção óssea. Com o tempo, isso compromete tanto a estrutura dental quanto
a gengiva, podendo levar à perda do dente. Por isso é fundamental que o
procedimento seja realizado por um profissional experiente e que o paciente
siga um protocolo de manutenção e acompanhamento.
RPI: Como o paciente deve escolher o melhor material para suas facetas?
Bruno: Não existe uma receita pronta,
cada caso é único. A escolha do material depende de fatores como a mordida do
paciente, o resultado estético desejado, hábitos de vida (como bruxismo,
alimentação, higiene) e da anatomia dos dentes. Hoje temos materiais de
altíssima qualidade, como cerâmicas reforçadas e resinas de última geração.
Cabe ao dentista orientar o paciente sobre as opções e juntos decidirem o que é
mais indicado, sempre pensando em estética e saúde a longo prazo.
RPI: E quando o paciente quer fazer o
procedimento, mas o dentista vê que não é o ideal?
Bruno: Essa é uma situação delicada, mas
a ética sempre deve prevalecer. Como profissional, meu papel é explicar com
total transparência se o procedimento é indicado ou não naquele momento. Há
casos em que o paciente deseja um resultado estético imediato, mas não tem
saúde periodontal adequada ou apresenta desgastes que inviabilizam a técnica.
Nessas situações, minha conduta é sempre priorizar a saúde bucal. Prefiro
recusar um procedimento do que colocar em risco a integridade dos dentes do
paciente. Felizmente, a maioria das pessoas compreende quando mostramos os
riscos com clareza.
Bruno Santos Estética Facial Integrada
São José do Rio Preto - SP.
https://www.instagram.com/drbrunosantos/ MG
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