Companhia Azul Celeste estreia espetáculo inédito baseado no mito de Édipo
A Companhia Azul Celeste, com 36 anos de experiência no teatro brasileiro, apresenta nesta semana a estreia de sua mais recente obra: Aquele que tem os pés inchados. As apresentações para a imprensa e convidados ocorrerão nos dias 15 e 16 de julho, às 18h e 21h, na sede da companhia. Este espetáculo simboliza um novo capítulo na trajetória da Azul Celeste e terá sua estreia nacional aberta ao público no dia 18 de julho, durante o FIT Rio Preto, onde ficará em cartaz de 20 a 24 de julho, com entrada gratuita, em duas sessões diariamente.
Baseado no mito de Édipo, Aquele que tem os pés inchados apresenta uma travessia moderna, na qual vestígios e interseções se conectam à procura de identidade. A obra inicia-se na tragédia clássica para criar uma dramaturgia inovadora, que integra aspectos da cultura ocidental com conhecimentos tradicionais afro-brasileiros — uma viagem que amalgama o passado mítico às demandas do hoje.
Sob a escrita e direção de Jorge Vermelho, com a orientação dramatúrgica do respeitado autor Luis Alberto de Abreu, a apresentação se baseia nos 16 odús do oráculo iorubá merindilogum, destacando a potente simbologia dos orixás como pilares cênicos, e não apenas como elementos de referência temática. O suporte em mitologia e tragédia foi proporcionado por Arnaldo Franco Junior e Gelbart Silva.
“O herói trágico dá lugar ao errante contemporâneo, perdido entre algoritmos e destinos, obstinado na busca desmedida de si”, define Vermelho. “É uma tragédia pisada com os pés da gente.”
No palco, o elenco formado por Alexandre Manchini Jr., Fabiana Pezzotti, Glauco Garcia, Lorenzo Hernandes, Murilo Gussi e Rodolfo Kfouri dá corpo a essa travessia simbólica e sensorial.
A direção de movimento é assinada por Vivien Buckup e a direção musical por Zeca Barreto, com colaborações de Maicon A’Kinn e Guga Stroeter. As canções são de Jorge Vermelho, Maicon A’Kinn, Zeca Barreto e Stroeter, com vozes em off de André e Carla Nogueira, Mãe Alda de Oyá, Marcelo Matos e Marcelo Monteiro.
Os figurinos são de Claudia Schapira, com Cleuza Barbosa na costura, e a pintura de arte leva a assinatura de Stan Bellini. A trilha sonora foi gravada e masterizada por André Clínio (Filmix Produtora).
A produção executiva e operação de trilha sonora ficam a cargo de Guilherme Delamura, que também coordena a gestão de redes sociais. Lucas Hernandes é responsável pela cenotecnia e contrarregragem. A identidade visual é de Higor Riente. A assessoria de imprensa é da Boni Peixe Comunicação.
Realizado com apoio do PROAC SP, Lei Aldir Blanc, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e Ministério da Cultura, o espetáculo reafirma a importância das políticas públicas de fomento à arte e à cultura.
Os ingressos para a pré-estreia já estão esgotados, no entanto o público pode garantir entrada gratuita para as sessões da estreia nacional e da temporada pelo site do Sympla, dentro da programação oficial do FIT Rio Preto 2025.
Ao convidar o público a pisar nesse “terreno frágil da dúvida, do destino e da escolha”, a Companhia Azul Celeste amplia o campo da tragédia para além da razão ocidental, ecoando cantos de Ifá e cruzando caminhos com Exu, Obatalá e tantas outras presenças. "Aquele que tem os pés inchados é uma celebração ritual, um grito poético e uma ode à caminhada — coletiva, espiritual e profundamente humana", ressalta Jorge Vermelho.
Autoclassificação indicativa:
18 anos
Duração: 105 minutos
Acompanhe a programação da Companhia Azul Celeste no site www.companhiaazulceleste.com.br.